A Menina que Não Sabia Ler

Florence é minha “ídola”.

Tá certo que ela tem uma moral um tanto quanto questionável, mas... Ah! Aquele cérebro, aquela dedicação... é um sonho. Nunca pensei que seria fã de alguém assim...

Em A Menina que não Sabia Ler (qualidade do título em português, questionável) volume 1 somos apresentados a órfã Florence. Uma menina proibida de ler por ordem do tio por quem é tutelada juntamente com seu irmão Giles.

A história é narrada em primeira pessoa, pela própria Florence e se passa na Nova Inglaterra em 1891, em uma mansão em ruínas. Florence aprende a ler sozinha e sua inteligência e imaginação aguçadas fazem deste livro um passeio por diversos autores da literatura mundial. Fã declarada de Shakespeare. Como ela mesma cita, “parecia que se não houvesse palavra para o que queria dizer, ele inventava. Ele poetava o idioma.”. Por isso, adepta a criar novas palavras, a menina prodígio faz da biblioteca da casa seu porto seguro. E assim somos apresentados ao seus sentimentos e vontades.

Acontecimentos suspeitos surgem, Florence luta com as armas que tem, neste caso a imaginação, e segue da forma que acha ser a melhor. Para Florence, os fins justificam os meios.

John Harding volta com A Menina que não sabia ler 2 (título em português talvez um pouco menos questionável) e novamente passeia pelas ideias dúbias e vontades de caráter pouco louváveis. E assim acalenta o coração de quem, como eu, estava com saudades de Florence.

Os livros não são fofinhos, como as capas parecem querer apresentar. É uma história tensa, angustiante... Enfim, é tão difícil falar de um livro que qualquer coisa pode ser um “spoiler”... Como explicar os motivos da classificação positivamente alta, se esses motivos são justamente o que vamos descobrir no decorrer das páginas?

Definitivamente estes são livros que... só lendo. Só lendo para saber.

Eu indico!

Autor: John Harding
Editora:  Leya

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